Saturday, September 16, 2006

Flor sem Sol















Brilha para mim, meu Sol
não te escondas atrás da Lua.

Eu, Flor de Lis, vivo para ti e por ti.
Espero e não vens, não vieste ontem, não vens hoje, não virás amanhã.

Quando notares que a indiferença que me apresentas é fruto da minha forte presença, é fruto da força e do meu cheiro único de Flor de Lis, quando notares que mil abelhas me rodeiam com o fim de consolidar uma polinização cruzada. Nessa altura, já terei perdido as minhas pétalas, já não precisarei da tua luz artificial, meu Sol de Outono, já terei sido fecundada pelos grãos de pólen que aqueles insectos solidários me trouxeram no dia em que tu te recusaste a brilhar.

E nessa altura, morrerás consumido pelo teu calor, sufocado pela tua própria luz. Com a luz que não me deste por medo, medo da minha cor passional e errante de Flor de Lis.

1 Comments:

Blogger Fauno said...

...sobre o que é verdadeiramente essencial para se criar algo...algo que existe durante o tempo essencial, e qu depois disso se desvaneça, se debrade, como num ciclo interminavel entre o que nasce e o que morre para alimentar os vindouros... um equilibrio entre o amar e o sofrer... sempre e apenas o essencial para que as partes se justifiquem...e assim vivam num equilibrio de forças encostadas uma à outra...

3:11 PM  

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